terça-feira, 28 de setembro de 2010

Parênteses


Da leitura pro pensamento, do pensamento pra ação!


Pessoal, pra quem não sabe, sou vegetariana há 3 anos. Ô, felicidade!

Mas o que importa é isso: fazem já 11 anos que um grupo chamado "Projeto Pro-Animal" existe aqui em São Leopoldo (RS), mas ele era voltado apenas para abrigo e tratamento de animais abandanados. Este ano, alguns dos membros se juntaram e surgiu uma nova Pro-Animal. Na verdade é a mesma de antes, mas não faz mais sentido apenas proteger os animais de rua!! Estamos lutando, sim, a favor e pela divulgação consciente do vegetarianismo/veganismo, pela vida de todos os animais sencientes. Essa é uma das nossas razões de viver (e se nós as temos, por que os outros animais não as teriam?)!
Temos 8 pessoas bem ativas no grupo, e nos organizamos para nosso primeiro manifesto.

Aí está o convite:


Neste sábado será realizado um manifesto pacífico, pois o Dia dos Animais está próximo, mas ainda não podemos celebrar! É por isso que a Pro-Animal estará na Rua Independência propagando e incentivando o vegetarianismo em São Leopoldo. Haverá exibição de documentários e material informativo sendo distribuido.
Todos são convidados a aparecer, seja para conhecer o grupo, trocar informações e materiais, ou ainda se juntar a nós nesse dia!

O quê? Manifesto da Pro-Animal a favor do vegetarianismo, pelo Dia dos Animais.

Quando? Dia 02/10, sábado, das 10 às 13 h (em caso de chuva, prorrogado para o próximo sábado).

Onde? Em São Leopoldo, na Rua Independência (Rua Grande), em frente ao Magazine Luiza (existem duas destas lojas nessa rua, estaremos na em frente à Colombo)!

A Pro-Animal agradece, em nome de todos os animais do planeta!

Para quem quiser.

Vou deixar aqui a dica da minha amiga Ellen, do Desobediência vegana, que ela pos num comentário há tempos ja.


Dá pra perceber do que é, né? São muitos livros pra download, tem os "do momento", tem muitos de religião, acadêmicos, autores famosos...enfim, eu tive pouco tempo para fuçar, e também não garanto a qualidade, justamente pq não baixei nenhum e se tivesse baixado não teria lido :P (odeio ler no computador, embora os "modos de leitura" sejam eficientes e etc.).

Mas certamente algumas pessoas gostam, e deixo a dica!! Divirtam-se!



Blablablas que estou com vontade de falar: Brigaaada a meus seguidores e pessoas que tem visualizado o blog, que tem gostado, comentado e até colaborado. Tô feliz com isso, e acho que poderia crescer mais, eu quero isso. Mas meu tempo é super escasso, e daí fico triste por não poder ficar vasculhando coisas novas pra mostrar...
enfim, obrigada a quem acompanha!

Até breve!!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sem título, o vazio não é permanente.

Quando percebo, as influências
Os medos transportados de mim para ti, num único instante,
me arrependo
das aparências
e de tudo que pode ser juntado num monte.

Quando desligo
o telefone e as luzes
algo me diz que não era aqui onde eu deveria estar.
Quando termino
com o canto e as vozes,
continuo ouvindo elas cantar.



Por Vanessa Dalla, num tempo já distante.

O espaço é relativo...

mas o tempo é absoluto!

Qual é a distância entre um livro bom e um livro ruim?

Pode ser de apenas meio metro na estante da livraria ou da biblioteca,
dependendo da inicial do autor. Mas pode ser de muitos séculos no curso do tempo.

A estante que vale é a estante do Tempo. O Tempo é o melhor leitor!




Creio que de Caco Xavier.

É só esperar, agora...

Como Nasrudin criou a verdade.

As leis não fazem com que as pessoas fiquem melhores — disse Nasrudin ao Rei. — Elas precisam, antes, praticar certas coisas de maneira a entrar em sintonia com a verdade interior, que se assemelha apenas levemente à verdade aparente.
O Rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer com qu
e as pessoas observassem a verdade, que poderia fazê-las observar a autenticidade — e assim o faria.
O acesso a sua cidade dava-se através de uma ponte. Sobre ela, o Rei ordenou que fosse construída uma forca.

Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia seguinte, o Chefe da Guarda estava a postos em frente de um pelotão para testar todos os que por ali passassem. Um edital fora imediatamente publicado: "Todos serão interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu ingresso na cidade permitido. Caso mentir, será enforcado."
Nasrudin, na ponte entre alguns populares, deu um passo à frente e começou a cruzar a ponte.

— Onde o senhor pensa que vai? — perguntou o Chefe da Guarda.

— Estou a caminho da forca — respondeu Nasradin, calmamente.

— Não acredito no que está dizendo!
— Muito bem, se eu estiver mentindo, pode me enforcar.

— Mas se o enforcarmos por mentir, faremos com que aquilo que disse seja verdade!

— Isso mesmo - respondeu Nasrudin, sentindo-se vitorioso. — Agora vocês já sabem o que é a verdade: é apenas a sua verdade.


(google images)

O Mullá Nasrudin (Khawajah Nasr Al-Din) escreveu, no século XIV em que viveu, histórias onde ele mesmo era personagem. São histórias que atravessaram fronteiras desde sua época, enraizando-se em várias culturas. Elas compõem um imenso conjunto que integra a chamada Tradição Sufi, ou o Sufismo, seita religiosa ou de sabedoria de vida, de antiga tradição persa e que se espalha pelo mundo até hoje. Como o budismo e o zen-budismo, o sufismo sempre aliou o (bom) humor com sabedoria.


O texto acima foi publicado no livro “Histoires de Nasroudin”, Éditions Dervish, s.d., e extraído do livro “Os 100 melhores contos de humor da literatura universal”, Ediouro – Rio de Janeiro, 2001, pág. 50. Organização de Flávio Moreira da Costa.

Extraído de: Releituras.

Pra mim, tem contexto político.

domingo, 19 de setembro de 2010

Toda positividade, é o que eu desejo.

Um dia feliz não é raro. O que é raro é perceber que se é feliz.



Vanessa Dalla


e faça isso de um mantra diário!

sábado, 18 de setembro de 2010

O grande contador de histórias


Esses tempos reli "O grande minerador", de Pedro Marodin. Eu devia ter lido ele lá por 98, foi quando meu pai comprou do próprio escritor, numa pizzaria. Ele fez na hora uma dedicatória, que acho linda e sincera. Antes de ter adorado reler o livro, de palavras simples mas conteúdo tocante, para quem sabe apreciar, adorei o escritor.

Este livro trata da arte de minerar pessoas, através da experiência de um poeta que encontra, numa de suas viagens, um velho, que tem por missão a arte de minerar a pedra bruta de cada pessoa.

"-Cada pessoa é uma mina, escondendo preciosidades muito além da sua própria percepção..."

Não me parece bem um tipo de biografia, mas fica muito claro que tem muito das experiências pessoais e convicções do autor, e seu estilo de vida. Tem letras grandes, páginas em branco, muitos espaços, e lindas fotos. Lê-se bem rapidinho...para-se para pensar e refletir, e eu gosto disso, de leituras que são capazes de instigar algo em ti, de buscar nas tuas profundezas o que tava escondido, ou te tocar superficialmente e ficar ali até alojamento completo.

É um livro muito bonito, muito bonito.

O conto: O Ancião

Um jovem escritor resolveu correr o mundo para encontrar um homem muito sábio de idade avançada que lhe explicasse algumas coisas da vida que ainda se tornavam enigmas no seu dia a dia. O rapaz se despediu de seus pais e parentes para uma longa viagem. Dizem as boas falas que só o nosso coração é capaz de nos levar ao encontro desse ancião de fala macia e calma.


-Maurício, você é louco de procurar um homem que não sabe quem é! – dizia seu melhor amigo Augusto.

-Preciso ir, tenho que descobrir a verdade e relatarei a todos, pois escreverei tudo que ele me contar.

-Tem certas horas que eu realmente não o conheço, apesar de termos crescidos juntos.

-Não se preocupe... Eu só estou tentando buscar as minhas verdades e desvendar as minhas dúvidas. Deseje-me sorte.

-Vai com Deus, meu amigo!


Maurício colocou a sacola nas costas, a coragem na cabeça e seguiu o seu caminho em direção a lugar algum. Se com destino certo é difícil de se chegar, imagine sem tê-lo. O jovem rapaz seguiu caminho sem rumo. Andou milhas e milhas, carona em carona até chegar em um lugar pacato onde as pessoas são tão lentas até para falar.Maurício para num pequeno bazar onde um homem fumando um charuto fedorento o olha com desdém.


-Por favor, senhor, eu estou à procura do ancião.


O homem o olha de cima abaixo, dá três baforadas no charuto e responde:


-Tu tá falando daquele velho louco que fala uma porção de besteira sem sentido?

-Esse mesmo!

-Tu segue essa estrada de terra batida inté o final, lá tu vai vê uma casa de sapê com paia encima, é lá que ele vive.

-Muito obrigado! – disse Maurício, virando-se e partindo.

-Mais um louco sem juízo! – falou cuspindo no chão o homem.


Maurício caminhou, caminhou, caminhou... O sol já estava dando o lugar para a lua brilhosa de verão e o rapaz não parava de andar, só que o cansaço não perdoa, Maurício teve que parar e dormir um pouco. Perto de uma árvore velha o rapaz se encostou e dormiu um sono reparador, como nunca tinha dormido antes.


Os primeiros raios solares bateram em seu rosto. Maurício despertou e viu a tal casa de sapê que o homem do charuto fedido falou. Só uma coisa Maurício não entendeu, como de noite ele não conseguiu ver aquela casa ali tão próxima dele? Levantando e sacudindo a poeira acumulada, o rapaz foi até a casa e bateu na porta... Nenhuma resposta... Outra vez... Nada! Então ele resolveu entrar e lá encontrou um homem aparentando a idade de cem anos, que com a cabeça baixa como que concentrado.


Maurício colocou a sacola num canto e em frente do velho se sentou. Nada existia na casa. Não havia cadeira, mesa, fogão, água, comida, para dizer a verdade, só o velho estava lá, vestido com as roupas mais simples já vistas.


-Ancião? – chamou Maurício, tentando olhar o rosto do velho que permanecia com a cabeça baixa.


O velho nem se movia... Maurício levantou-se decepcionado, pegou a sacola, abriu a porta...


-Aonde pensas que vás?

Desististes de procurar a verdade

que tanto almejas?


Maurício retornou assustado, colocou a sacola no mesmo local de quando entrou e voltou a sentar diante do velho que falava por versos.


-Como poderei ser um grande homem ancião?

-É aquele que estende a mão ao próximo,

que ama a Deus acima de tudo,

que jamais abandona os amigos,

que tem conhecimento sem humilhar o humilde,

que é rico de compaixão,

não julga sem que seja julgado,

comanda sem explorar,

constrói sem destruir,

vive sem matar,

luta e ama,

pensa antes de fazer,

faz sem se arrepender,

impõe a justiça,

divulga o amor,

constrói uma família,

confessa que erra,

conserta o erro,

perdoa todos pelos os seus pecados.


O velho voltou a abaixar a cabeça. Maurício ficou sentado pensando nas palavras daquele homem que disse tudo o que queria saber em poucas palavras.

O rapaz se levantou, pegou a sacola, saiu da casa, andou alguns passos e virou-se para perguntar o nome do velho. A casa havia sumido. Maurício percebeu que não precisava ir tão longe para buscar uma resposta que vive dentro do coração de cada um de nós. Ela está lá, é só fazer uma viagem para dentro de si e encontrar aquele ancião que carregamos todos os dias de nossas vidas.


Conto de: Edson Gomes, do Blog O Último Lampejo do Crepúsculo.
Protegido por direitos autorais.

Anseios dos poetas

Sou eu quem caminha esta noite
em meu quarto ou sou o mendigo
que espreitava em meu jardim
ao cair da noite?

Olho ao redor
e descubro que tudo
é o mesmo e não é o mesmo...
A janela estava aberta?
Não havia eu já adormecido?
Não era verde-pálido o jardim?...
O céu era claro e azul...
e há nuvens
e está ventando
e o jardim está escuro e triste.

Penso que meu cabelo era negro...
Eu me vestia de cinzento...
E meu cabelo é cinzento
e estou vestindo negro...
É este o meu passo?
Tem essa voz, que agora ressoa em mim,
os ritmos da voz que eu costumava ter?
Sou eu mesmo ou sou o mendigo
que espreitava em meu jardim
ao anoitecer?

Olho ao redor...
Há nuvens e está ventando...
O jardim está escuro e triste...
Eu venho e vou
Não é verdade
que eu já adormeci?
Meu cabelo está cinzento...e tudo é o mesmo
e não é o mesmo.

Reli o poema para mim mesmo e captei a sensação de impotência e perplexidade do poeta. Perguntei a Don Juan se ele sentia o mesmo.
- Penso que o poeta sente a pressão do envelhecimento e a ansiedade que essa percepção produz - respondeu. - Mas isto é apenas uma parte. [...] Ele intui com grande certeza que há algum fator não mencionado, assustador por causa de sua simplicidade, que está determinando nosso destino. "

Trecho de O Poder do Silêncio, de Carlos Castaneda, que estou lendo agora. Terminando, escrevo sobre ele. Poema atribuído a Juan Ramón Jiménez.


Aliás, peço desculpas pela falta de posts e atualizações, mas é tudo culpa da faculdade, xinguem ela!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Paralelismo de universos

Sabemos um pouco sobre a imensidão do Universo. Sabemos que jamais poderemos percorrê-lo por inteiro, assim como sabemos que é finito e que existem faixas de consciência. Mas é lindo e nos fascina. De forma análoga torno a definição do meu ser - de todos nós. Inteiros, finitos, mas profundos e com mistérios que jamais desvendaremos, e, principalmente, conscientes - da busca pela consciência.

Vanessa Dalla
26/08/2010, voltando pra casa.


*Me disseram pra não ficar escrevendo muito sobre essas coisas, pq elas costumam endoidecer as pessoas.

dia 02, uma quinta feira. Mas poderia ser dia 11.

"Somos como saquinhos de chá. Quando nos colocam na água quente, aprendemos a ser mais fortes."
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