domingo, 4 de setembro de 2011

Pró-Animal e Vanguarda Abolicionista encaram 82 mil pessoas na Expointer

Intro: Em Esteio, RS, temos a maior feira do Agronegócio do Brasil. Nela, vemos todo tipo de comércio deste interesse, e entre eles, uma grande variedade de animais ficam ali expostos cedendo suas imagens e vidas aos interesses alheios (lê-se produção, lucro, peles, carne). Além do grande apelo costumeiro ao valoroso "churrasco" (que pra mim só tem cheiro de queimado...). Então, grupos ativistas de São Leopoldo e Porto Alegre fizeram a tradicional manifestação, que está relatada no blog da Vanguarda Abolicionista e que reproduzo aqui.

Vanessa Dalla

Fotos: Márcio de Almeida Bueno
Uma prova de resistência física. Sob calor de 30 graus, Sol forte e sensação térmica ampliada pelo asfalto, as ONGs Projeto Pró-Animal, de São Leopoldo, e Vanguarda Abolicionista, de Porto Alegre, estiveram realizando mais um protesto em frente à Expointer, em Esteio. Das 9h até o final da tarde de domingo, 4 de setembro, ativistas estiveram levando a mensagem da libertação animal a um público de 82 mil pessoas, segundo números oficiais.


A multidão era tamanha que, por mais de uma vez, a Polícia Rodoviária Federal gentilmente solicitou que os manifestantes trocassem o ponto de base da ação, para facilitar o fluxo de pessoas. A fila para entrada na 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários - uma das maiores do mundo, ia quase até a estação do metrô


Pró-Animal levou um banner sobre abate feito exclusivamente para o evento, reproduzido em milhares de panfletos, enquanto a Vanguarda compareceu com suas faixas e banners coloridos de praxe, além de milhares de panfletos focados na chinchila - o RS é um grande exportador de pele desse animal para a China. Diversos criadores de chinchila estavam expondo na Expointer, e muitas pessoas se sensibilizaram ao ver um animal 'tão fofo' engaiolado à espera da esfola.

A VAL focou na indústria de peles, na qual o RS é líder nacional
Alguns pecuaristas passavam e olhavam com desconfiança ou indignação para os cartazes dos ativistas - especialmente um com com os dizeres 'Sou gaúcho mas sou contra a exploração animal'. Na abordagem, a proposta dos animalistas foi de que então cedessem espaço em suas fazendas para aposentadoria de cavalos retirados da carroça pela ONGChicote Nunca Mais, parceira dos manifestantes. Todos acolheram bem a idéia de dar uma oportunidade de descanso vitalício a eqüinos cegos, aleijados ou idosos, e prometeram entrar em contato posterior.


A despeito do antagonismo de idéias, gaúcho tradicionalista interessou-se em adotar um cavalo e um cachorro para deixar em sua fazenda

Um adolescente aproximou-se dos ativistas para contar que era vegetariano, assim como o pai, criador de ovelhas que deixou de comer carne. "Ele não mata mais, e nem vende as ovelhas, para outros não matarem", contou o jovem, que pegou diversos impressos para mostrar à família. Ao final da tarde, exaustos e com todos os panfletos distribuídos, ambos os grupos encerram a ação, considerada plena de validade e êxito.

Sobre o asfalto ardente, carroças também estiveram circulando pela Expointer

Clique aqui para ver como foi o protesto na abertura da Expointer, no domingo anterior:Vanguarda Abolicionista realiza seu tradicional protesto em frente à Expointer

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