quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Fúria dos Reis - Resenha


A continuação de A Guerra dos Tronos, o segundo livro da série “as Crônicas de Gelo e Fogo”, A Fúria dos Reis, exibe mais precisamente todo o talento de G. R. R. Martin. Nesse episódio, o Reino encontra-se em caos. Quatro (ou 5...) Reis tentam reinar onde a desordem prevalece e os ânimos se alvoroçam, e a trama segue se misturando com os destinos desses Reis, seus maniqueísmos e manipulações.

Nos Sete Reinos, predominam os saques e roubos, os incêndios e a destruição. Em Porto Real, cidade onde agora reina a pobreza, Tyrion segue com suas artimanhas surpreendentes, enquanto Cersei, má e altiva, governa em nome do tolo e cruel Joffrey. Robb Stark continua liderando seu exército até então vitorioso contra os Lannister, enquanto Stannis se alia a forças desconhecidas para a conquista do que reclama seu por direito.

No Norte, Jon tem de abandonar o grupo, lutando pela própria vida, enquanto as maiores ameaças para o Reino se moldam. Porém, lá no Leste, Daenarys atravessa desventuras e ameaça cruzar os mares em busca de sua coroa prometida, ao tempo que seus bebês crescem. Sansa e Arya vivem momentos de desespero e descobertas.

O enredo criado dessa vez é fantástico. Mas, embora Martin seja capaz de nos proporcionar ansiedade e curiosidade, também tem os capítulos de marasmo, dito os de Catelyn. Mas na maior parte do tempo, somos carregados para dentro dessas páginas com entusiasmo, conhecendo melhor esse mundo de glórias, desonras e traições que pairam por toda a história, onde vemos toda a miséria humana, mas também sua altivez, e o que menos se espera nos surpreende na próxima página; é todo esse mistério e essa trama de personagens complexas que faz da série de Martin algo merecedor de atenção, magnificamente ambientada numa Idade Média em grandes proporções e com toques de intensa fantasia, além de, talvez o mais atrativo para muita gente, o realismo que nos faz envolver com cada sentimento, nos trazendo o ódio ou a compaixão para determinadas personagens, avivando com maestria todo o ambiente, e nos fazendo crer habitar lugares já visitados pelas lembranças.








Ed. Leya
2011
656 páginas


quinta-feira, 24 de maio de 2012

A discriminação aos latinos chegou aos livros!


Nos EUA, existe agora um novo comércio ilegal. Os traficantes de livros! É isso mesmo, infelizmente e felizmente, ao mesmo tempo.
Tudo começou na cidade de Tucson, no estado do Arizona. Eis que o governo local, que mantém uma rígida lei anti-imigrantes, proibiu, retirando das escolas e circulação, diversos livros de origem latino-americana, em atitude amplamente discriminatória, além de remover os estudos Mexico-americanos dos programas escolares. As autoridades locais declararam que tais trabalhos promovem interesses antiamericanos – como obras que explanem sobre o racismo. Uma lista de livros
proibidos foi lançada, e entre eles estão: “Pedagogía del oprimido de Pablo Freire; El Zorro de Isabel Allende; Yo soy Joaquín/I am Joaquin de Rodolfo González; Bless Me Última de Rudolfo Anaya; La Llorona: Our Lady of Deformities de Ramón García son sólo algunos de los más de 80 títulos guardados en una bodega”.


Em resposta, a escritora Ana Castillo criou um blog para que qualquer autor latinoamericano difunda seus trabalhos, e os “librotraficantes” se certificaram de preservar a cultura e história latinas, através da criação de bibliotecas que divulguem as obras rechaçadas pelo governo de Tucson, porém a medida se espalhou para outras cidades do Arizona, que já contam com o trabalho dos librotraficantes ativistas. Em uma semana, foram distribuídos mais de mil livros!


Artigo original, em espanhol: La discriminación...



Aberinkula

Retirando as nuvens que pairavam sobre mim, me cobrindo o ceú.













Vanessa Dalla

domingo, 13 de maio de 2012

# 5

Então eu comecei a perceber que acordar é mais do que
simplesmente abrir os olhos.
É prova de amor.


Vanessa Dalla

Melancolia

Quarta feira. Esperando o fim de semana chegar, sem motivo aparente. Pois é tudo tão igual, sempre, sempre. Não há distinção entre domingo e segunda, entre terça e sexta. Não hás dia preferido, não há pior dia, pois todos são igualmente mórbidos, sem graça, sem cor, sem motivo. Que motivo há em ser um dia? Que motivo há em viver um dia? Se os dias se somam é apenas para aumentar minha angústia, para dar vozes às dores, velocidade às lágrimas. Se os dias se somam, para mim é apenas como ter algo a contar. E quando 1 mais 1 se torna quase insuportável, não há mais porquês. Agora é apenas esperar o "quase" morrer, um pouquinho antes de mim.


Vanessa Dalla

O Guerreiro

Ser assediado implica que se tenha posses pessoais que possam ser bloqueadas. Um guerreiro não tem nada a não ser sua impecabilidade, que não pode ser ameaçada.

Carlos Castaneda

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Crítica de quinta: o consumo de bebês pela china - ou faz de conta que somos mais inocentes


Nessa semana a Coréia do Sul apreendeu milhares de cápsulas contrabandeadas da China. No rótulo, se intitulavam remédios para qualquer tipo de doença, tipo MILAGRE. O conteúdo? Carne humana, mais especificamente de bebês e fetos, manipulados e esquartejados para a produção maciça das tais capsulazinhas. ISSO te apavora? Ok, eu também não achei bonito nem dei risada (vale lembrar que tais carnes provinham de abortos – controle de natalidade chinês - e bebês já mortos). Mas me impressiona e me choca muito mais a imensa indústria de carnificina, que produz milhões e milhões de bezerros para consumo humano de luxo. O fato é que esses bezerros são mantidos em confinamento e na ausência de luz, desmamados no primeiro dia, não podem mover um músculo, e morrem em poucos dias, tento a vida abortada por um motivo tão chulo quanto o fato acima, para você ter uma carne macia, fofa, sangrenta, no prato.

 Essa indústria existe para dar uma “utilidade” aos inúmeros bezerros provenientes da indústria leiteira – as vacas, para dar leite, precisam constantemente estar grávidas, mas os bezerros são separados logo após o nascimento. Assim se produz a carne de vitela, ou baby beef, como alguns chamam para dar um charme a mais. Na verdade, não sei como anda a popularidade da tal carne. Talvez os bebês humanos estejam mais em alta pelo oriente. Mas num país onde tudo se aproveita, das baratas aos cães, para uma população crescente e sedenta, por que não achariam um fim “útil” aos bebês? Grilo, cachorro, vaca, criança. Tu defendes: consumir TUDO ou não consumir NENHUM?

Porque somos todos, afinal, seres VIVOS.


Vanessa Dalla

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nárnia e o que Mini-Jardins têm a ver com ela.

Nossa, que muito lindo!
Vou encher meu quarto dessas plantinhas mimosas!











Isso me lembrou que a origem de todo o conto Narniano veio de uma visão de Lewis quando ainda criança, enquanto ele observava um mini-jardim em uma tampinha de pote. Ele imaginou e se perguntou quanta vida e universo poderiam existir ali dentro...
não é que saiu bastante coisa dali??



A gente imagina que esses caras eram gênios de outro mundo, coisa assim. Mas nada disso, eram pessoas com vidas e atividades comuns, mas sabiam por o cérebro para trabalhar!


terça-feira, 8 de maio de 2012

Leva tudo!

Que livros são caros, infelizmente, todo mundo sabe. Mas garimpando por aí se acha coisa barata. Em Porto Alegre, passei na frente de um balaião cheeeio de livros, numa loja de bazar do centro, com a placa "R$ 2,00". Epa, peraí. Pra quem já tá no vermelho mesmo, 2 pilas não vão fazer a diferença. Vasculhei, mas sou muito chata para escolher qualquer coisa. No fim, levei esses dois:


O primeiro, por causa do autor. Achei que fosse o John Reed que eu gosto, mas nem era. Cafusão.
O segundo, me interessei pelo tema, "atentados e massacres", rsrsrs.

A Vez do Bola-de-Neve eu já li e tem a RESENHA, e um TRECHO também.
O outro, espera sua vez!


domingo, 6 de maio de 2012

Adeus, entulhos!

Calma, não tô jogando minhas preciosidades fora, não! É que estou fazendo A reforma no quarto, e sabem, manter os livros assim empilhadinhos não faz bem pra eles não pra minha neurose de arrumação. Então finalmente comprei uma estante lindona! Mas ela só chega daqui umas 2 semanas, enquanto isso eu fico nervosa mesmo.


...e posso aproveitar para pensar em como organizar os livros. Ordem alfabética, estilo literário, "idade"...na ordem que eu pegar...enfim. De qualquer forma eu acabo decorando onde está cada um.

Sugestões??

Os Filhos de Húrin, Resenha (agora é a minha)


Os Filhos de Húrin trata do desfecho histórico e trágico da família de Húrin, especialmente através dos passos errantes do seu filho, Túrin Turambar, que quer dizer “Mestre do Destino”. Bom, o épico não foi finalizado por Tolkien, que deixou alguns trechos inacabados e pontos em discordância. Mas a história é uma das mais completas e desenvolvida d’O livro dos contos perdidos. Sobre a história, Tolkien afirmava que era um conto compreensível por si só, mesmo com um conhecimento vago do plano de fundo, mas não isentava a importância que esses contos “isolados” mantinham com a história geral, sendo eles “elos fundamentais do ciclo”. O mestre responsável pela bela organização do vasto material espalhado por aí em folhas soltas e notas de rodapés foi seu filho Christopher Tolkien. Hoje ele já tem 88 anos. A história de Túrin já existia em 1919, se não antes, segundo ele. Só cito os números, porque eles me impressionam. Já faz tanto tempo, e as histórias não perdem sua magia, magnificência NEM soberania.

Por tudo isso, superindico a leitura para os não fãs de Tolkien (ahn, isso é possível?). Não é preciso entender a história do Anel (ele ainda não existia, keep calm) ou visualizar a Terra Média inteira.

OK. A leitura é linda, bela, mágica, me surpreendeu do inicio ao fim, mesmo já conhecendo a história. Húrin e sua família são amaldiçoados por Morgoth, o então Senhor do Escuro (muito mais fodão que o Sauron, seu vassalo). A partir de então, todos os passos de Túrin são cobertos por escuridão e desgraça. Comete atos heroicos , e vira sim, uma espécie de herói, temido e amado. Mas tudo o que ele faz tem a mão do mal, e por isso ele traz infelicidade e tragédias a todos que o rodeiam.

A narrativa é ora melancólica, ora excitante e exaltante. É um pequeno épico, uma pequena história repleta de belas palavras, elfos sábios, homens cruéis e anões duvidosos, onde a força do mal predomina e a Escuridão ameaça pairar sobre o mundo definitivamente. É uma história sombria, definitivamente a mais sombria de Tolkien. Arrepia a alma e meu coração bate mais forte. Tenho dito.

“- Cabed-em-Aras, Cabed Naeramarth! – exclamou. – Não poluirei tuas águas onde Níniel foi lavada. Pois todos os meus atos foram maus, e o último foi o pior.
Então puxou da espada e disse: - Salve, Gurthang, ferro da morte, somente tu me restas agora! Mas que senhor ou lealdade conheces a não ser a mão que te empunha? Não recuas diante de sangue nenhum. Tomarás Túrin Turambar?” 



E como eu não gosto de fazer resenhas estilo “resumo”, contando toda a história, podem conhecer mais da história AQUI, nessa outra bela resenha.


Não ficou com vontade??

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Em O Grande Minerador


E a convivência com o velho era rica de emoção e poesia. Iria escrever um livro bem bonito sim, para lapidar um pouco essa bruta pedra que separa os homens de sua própria magia.

PedroMarodin

Trechinho do livro “O Grande Minerador”, de Pedro Marodin. É cheio de bonitos dizeres e aprendizados.

Ponderação


Ouça com cuidado, e pondere;
Fale o necessário, e pondere;
Veja o belo, e pondere;
Não esqueça que o poder se faz com ações. Mas surge na cabeça primeiro.
VanessaDalla



Editora Hedra


Eaí! Já conheceram a Editora Hedra?

Pois bem, to adorando os livros e as publicações deles, por:

  1) Têm títulos inesperados, e não raro, difíceis de encontrar. Nota para a coleção dos textos de caráter político, em especial Anarquista. Difícil alguém se dedicar ao tema atualmente, com qualidade e investimento.
   2)   As traduções, até onde li, são ótimas. Ok, não as obras em inglês e depois em português para comparar, mas dá pra ver quando alguma coisa é de qualidade e a pessoa entende do assunto.
  3)   Introduções de quem manja do assunto (por ex, um tradutor só trabalha nas várias obras dum mesmo     escritor, isso dá sustância).
   4)      Coleção de apêndices interessantes MESMO e que fazem acrescentar à leitura.
   5)      Edições bonitas e atrativas.
   6)      Utilização de softwares livres e Linux. Acho uma iniciativa bacana, inclusive a exposição do fato.
   7)      Parece que buscam um bom aproveitamento do tamanho da página. Economia de papel ;)
   8)      Coleção crescente.
   9)      Preços não exorbitantes, para a Coleção de Bolso e dentro do padrão que temos hoje no Brasil.


Bom, isso tudo para mim é motivo suficiente para pelo menos dar uma espiada!!
-> HEDRA

A minha coleção da editora por enquanto é esta:

H. P. Lovecraft e Bakunin ;)
H. P. Lovecraft e Bakunin ;)

Na ostra do Universo
a Pérola da
Lua Cheia

PedroMarodin
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...