Os Filhos de Húrin trata do
desfecho histórico e trágico da família de Húrin, especialmente através dos
passos errantes do seu filho, Túrin Turambar, que quer dizer “Mestre do
Destino”. Bom, o épico não foi finalizado por Tolkien, que deixou alguns
trechos inacabados e pontos em discordância. Mas a história é uma das mais
completas e desenvolvida d’O livro dos
contos perdidos. Sobre a história, Tolkien afirmava que era um conto
compreensível por si só, mesmo com um conhecimento vago do plano de fundo, mas
não isentava a importância que esses contos “isolados” mantinham com a história
geral, sendo eles “elos fundamentais do ciclo”. O mestre responsável pela bela organização
do vasto material espalhado por aí em folhas soltas e notas de rodapés foi seu
filho Christopher Tolkien. Hoje ele já tem 88 anos. A história de Túrin já
existia em 1919, se não antes, segundo ele. Só cito os números, porque eles me
impressionam. Já faz tanto tempo, e as histórias não perdem sua magia,
magnificência NEM soberania.
Por tudo isso, superindico a
leitura para os não fãs de Tolkien (ahn, isso é possível?). Não é preciso
entender a história do Anel (ele ainda não existia, keep calm) ou visualizar a
Terra Média inteira.
OK. A leitura é linda, bela,
mágica, me surpreendeu do inicio ao fim, mesmo já conhecendo a história. Húrin
e sua família são amaldiçoados por Morgoth, o então Senhor do Escuro (muito
mais fodão que o Sauron, seu vassalo). A partir de então, todos os passos de
Túrin são cobertos por escuridão e desgraça. Comete atos heroicos , e vira sim,
uma espécie de herói, temido e amado. Mas tudo o que ele faz tem a mão do mal,
e por isso ele traz infelicidade e tragédias a todos que o rodeiam.
A narrativa é ora melancólica,
ora excitante e exaltante. É um pequeno épico, uma pequena história repleta de
belas palavras, elfos sábios, homens cruéis e anões duvidosos, onde a força do
mal predomina e a Escuridão ameaça pairar sobre o mundo definitivamente. É uma
história sombria, definitivamente a mais sombria de Tolkien. Arrepia a alma e
meu coração bate mais forte. Tenho dito.
“- Cabed-em-Aras, Cabed Naeramarth! – exclamou. – Não poluirei tuas águas onde Níniel foi lavada. Pois todos os meus atos foram maus, e o último foi o pior.
Então puxou da espada e disse: - Salve, Gurthang, ferro da morte, somente tu me restas agora! Mas que senhor ou lealdade conheces a não ser a mão que te empunha? Não recuas diante de sangue nenhum. Tomarás Túrin Turambar?”
E como eu não gosto de fazer resenhas estilo “resumo”,
contando toda a história, podem conhecer mais da história AQUI, nessa outra
bela resenha.
tolkien era fantastico.tinha uma percepçao de mundo bem diferente.suas obras são exepicionais.para mim os seus livros não são para meros acéfalos
ResponderExcluirAprenda a escrever direito depois vem chamar alguém de ancéfalo, seu ancéfalo.
ResponderExcluirÉ livro único?
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