"A indústria de Shakespeare nunca aferrece, quase cinco séculos depois de seu nascimento - ou do nascimento daquele que usou o nome Shakespeare para assinar-lhe a obra. [...] Sua vida e obra continuam a provocar os mais diversos estudos e interpretações." Esse pequeno texto, um pouquinho resumido, tirei da revista Entre Livros nº 30. Já dá uma noção sobre a complexidade do autor em questão. Eu, até agora, só li uma obra, que me foi recomendada, e eu adorei: A Megera Domada. E sempre que me falam de Shakespeare, notam para a tradução de Millôr Fernandes, que dizem, traduz de forma espetacular e sem igual. Fica a dica.
O livro, em formato pocket, de 130 páginas, da L&PM, se apresenta como uma peça de teatro, pois era assim que o autor escrevia, pois ele era um dramaturgo. Nessa peça é narrada a história de dois jovens, Lucêncio e Trânio, que saem de Pisa e se dirigem a Pádua (Itália). Mas lá Lucêncio se apaixona pela jovem Bianca, porém seu pai somente vai conceder a mão da filha após o casamento da irmã mais velha, Catarina, famosa pelo seu mau humor e sua estupidez. Então Petrúquio entra em cena, e entre os planos dos tantos personagens, Petrúquio se encarrega de casar com Catarina. E rende uma história de amor, entre muito humor e sarcasmo, e o final dá uma cena e tanto. A obra é um tanto quanto machista, mas esperar conceitos revolucionários em 1600 é querer demais. Embora a quantidade de personagens e seus nomes parecidos confundam, no contexto geral, é uma leitura muito agradável e rápida, mesmo com uma linguagem austera. Fiquei com vontade de ler mais Shakespeare!
Como eu gosto de deixar aqui:
The Complete Works...
(Obra - pintura- atribuída a John Taylor)
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